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Os 5 museus com os projetos arquitetônicos mais incríveis do mundo.

Cinco das Sete Maravilhas do Mundo são obras arquitetônicas, o que mostra que essa atividade humana, além de funcional, também se tornou parte da cultura ao longo de sua história. Mesmo os movimentos de volta à simplicidade dependem da complexidade que a atividade arquitetônica atingiu, e para falar um pouco mais desse assunto, separamos alguns museus que se destacam pela arquitetura:

Museum Oscar Niemeyer em Curitiba

Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil (Oscar Niemeyer)

O projeto do museu combina oposições como as linhas retas e curvas, o concreto e áreas verdes, o neutro e o colorido. Niemeyer é um dos arquitetos brasileiros mais consagrados do mundo, e tem em seu portfólio grandes obras como o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o Edifício Copan em São Paulo e o Congresso Nacional em Brasília.

Considerado o maior museu da América Latina, o MON fica em Curitiba (PR) e tem cerca de 35 mil metros quadrados, em que abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional, com aproximadamente 7 mil obras nas áreas de artes visuais, arquitetura e design. Com um total de 12 salas expositivas, a cada ano são realizadas mais
de 20 mostras, que juntas recebem um público superior a 360 mil visitantes. Nomes como Alfredo Andersen, João Turin, Theodoro De Bona, Miguel Bakun, Guido Viaro, Helena Wong, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Ianelli, Caribé, Tomie Ohtake, Andy Warhol, Di Cavalcanti, Francisco Brennand, entre outros, estão no acervo do MON. Desde 2002, o museu já recebeu exposições de nomes como Salvador Dalí, Frida Kahlo, Antoni Tapiès, Pablo Picasso, Tarsila do Amaral entre muitos outros nomes de peso. O desenho simples e marcante que é característico do estilo de Niemeyer é notável nesta construção.

Royal Ontario Museum em Toronto, Canada
Foto por Andy Rowat.

Museu Real de Ontário, Toronto, Canadá (Daniel Libeskind)

O Museu Real de Ontário começou a ser construído em 1912 e foi inaugurado em 1914. É o maior museu do Canadá e, entre atrações de artes plásticas e naturais, atrai mais de um milhão de visitantes por ano.

Uma extensão do museu foi inaugurada em junho de 2007, projetada pelo estúdio de Daniel Libeskind, e comporta um grande espaço para exposições, uma nova entrada, um saguão, uma loja no nível da rua e três novos restaurantes. Possui cinco volumes revestidos de metal, que lembram cristais – inspirados nas formas cristalinas das galerias de mineralogia.
Libeskind criou uma estrutura de formas prismáticas organicamente interligadas, transformando esse cruzamento importante de Toronto e todo o complexo do museu, em um farol luminoso para a cidade.

O estúdio de Libeskind também renovou dez galerias no edifício histórico existente como parte do projeto. Com a expansão, foi criada uma nova entrada de grupo no Queen’s Park, onde os visitantes entram em um átrio, no qual os dois temas do museu, natureza e cultura,são apresentados de maneira distinta através de escadas entrelaçadas que levam às exposições acima.

Museu Soumaya na Cidade do México, México
Foto por James Florio Photography

Museu Soumaya, Cidade do México (Fernando Romero)

Inaugurado em 1994, o Museu Soumaya está localizado no badalado bairro de Polanco, na Cidade do México. Parte da fundação Carlos Slim, o edifício projetado por Fernando Romero tem um design vanguardista que consiste em uma estrutura brilhante, assimétrica e prateada, coberta com mais de 16 mil placas de alumínio hexagonais. De formas suaves, ela remete à obra escultórica do artista parisiense Auguste Rodin, e possui apenas uma entrada visível, erguendo-se como um monólito de formas curvas e de presença incontornável nos arredores.

Um fato curioso dessa construção é que os painéis prateados não tocam o chão, tampoucoentram em contato entre si, dando a impressão de flutuar ao redor do edifício. A cúpula semitransparente permite que todos os 17 mil metros quadrados sejam iluminados com luz natural. A construção monumental conta com uma rampa externa em espiral, a qual se aconselha descer acompanhando as exposições, que não são organizadas cronologicamente, mas por assunto.

Guggenheim Museum em Bilbao, Espanha

Museu Guggenheim de Bilbao, Espanha (Frank Gehry)

A cidade basca de Bilbao foi território de civilizações que remetem a 6000 a.C., palco de guerras de independência e de invasões napoleônicas. Porém, hoje é famosa mundialmente por ser a casa do museu Guggenheim Bilbao, que foi projetado pelo arquiteto nascido em Toronto, em 1929, e naturalizado norte-americano, Frank Gehry. Confira algumas das curiosidades sobre o museu e por que ele é tão influente.

As formas curvas e as estruturas de pedra e titânio já receberam mais de 20 milhões de visitantes. Apesar do peso a que esses materiais remetem, o museu parece flutuar sobre o Rio Nervión, com enormes armações que se movimentam como se fossem a cauda de um majestoso e gigantesco peixe.

A arquitetura sofisticada e muito grandiosa para os então menos de 400 mil habitantes da cidade não fizeram do Guggenheim Bilbao menos popular. Pelo contrário, depois de inaugurado, o museu contou com ampla cobertura midiática e suas imagens correram mundo, como um fenômeno de Instagram avant la lettre.

 Museu do Amanhã no Rio de Janeiro
Foto por Gustavo Xavier.

Museu do Amanhã, Rio de Janeiro (Santiago Calatrava)

O Museu do Amanhã, projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, ocupa 15 mil metros quadrados, cercado por espelhos d’água, jardins, ciclovias e áreas de lazer, numa área total de 34,6 mil metros quadrados do Píer Mauá. De forma longilínea, inspirada nas bromélias do Jardim Botânico, foi projetada de maneira a se integrar à paisagem ao redor e, especialmente, deixar visível o Mosteiro de São Bento, um dos mais importantes conjuntos barrocos do país.

Os jardins do museu se transformam em um novo parque para a cidade, com paisagismo assinado pelo escritório Burle Marx. Foram utilizadas espécies nativas e de restinga, com o objetivo de ressaltar as características da zona costeira da cidade do Rio de Janeiro, facilitar a adaptação da vegetação e atrair mais a fauna da região. Em 5.500m² de área plantada, se distribuem 26 espécies diferentes, como ipê roxo e amarelo, quaresmeira, pau-brasil e pitangueira, além de arbustos nativos de restinga e palmeiras

Sobre a estrutura metálica da cobertura, há 48 conjuntos móveis no formato de asas metálicas, onde estão instaladas placas fotovoltaicas. Eles se movimentam ao longo do dia de acordo com a posição do sol, de maneira a otimizar o aproveitamento da luz solar. O projeto privilegia a entrada de luz natural, com esquadrias de vidro nas fachadas e esquadrias triangulares nas laterais.

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