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Qual é a relação entre ergonomia e saúde no ambiente de trabalho?

Não importa qual seja o ambiente de trabalho, os conceitos de ergonomia e saúde sempre estão relacionados. E, precisam ser tratados como prioridades junto aos colaboradores.

Por mais que o trabalho seja importante para manter o corpo e a mente ativos, ele também pode ser fonte de estresse, pressão e insatisfação em diversas situações. Frente a isso, é fundamental que as organizações saibam equilibrar questões como:

  • Rendimento;
  • Cobranças e competitividade com a valorização das pessoas;
  • Engajamento;
  • Colaboração entre equipes;
  • Bem-estar corporativo.

Uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers é capaz de elucidar bem a relevância do tema: de acordo com os dados levantados pela consultoria, 61% dos funcionários entrevistados pela empresa afirmaram que faltavam no trabalho por se sentirem entediados e deprimidos.

Para que um time de funcionários tenha um bom desempenho e produtividade, é preciso que exista harmonia entre esses aspectos mentais e algumas questões físicas.

Afinal, quando há desconfortos, condições inadequadas, postura incorreta ao sentar, entre outros pontos semelhantes, o espaço não dá condições para que os indivíduos se sintam bem, tenham foco e façam suas tarefas com qualidade.

Para evitar esses desequilíbrios que levam as pessoas à exaustão, existe o conceito de ergonomia cognitiva. A ideia visa evitar desgastes e agregar mais qualidade de vida nos ambientes empresariais.

Seu objetivo principal é aliar ergonomia e saúde para favorecer a atenção, o raciocínio e o bom desempenho dentro das empresas. Assim, por meio de algumas ações, é possível melhorar a relação dos colaboradores com o local em que trabalham, com os seus colegas e com o próprio negócio.

Os estudos sobre ergonomia cognitiva começaram na década de 50. Foi o psiquiatra francês Louis Le Guillant, um dos fundadores da Psicopatologia do Trabalho, que reconheceu a importância dos processos de cognição para a execução de tarefas nas empresas.

Sua finalidade era estudar as dificuldades que os profissionais tinham para cumprir suas atividades em cargos que exigiam maiores esforços mentais.

A partir de suas análises, Guillant reconheceu na década 1960 que há uma ligação direta entre o desempenho dos trabalhos e o estímulo à capacidade de atenção, percepção, memorização e outros processos mentais dos indivíduos (que hoje se sabe, são diretamente influenciados pelos meios em que as pessoas estão inseridas). 

 

Qual a relação entre ergonomia e saúde?

ergonomia e saúdeo - ambiente de trabalho
Quando falamos sobre ergonomia, estamos tratando de meios para que a interação entre o local de trabalho e as demandas do corpo humano estejam sempre em equilíbrio.

Durante as atividades do dia a dia, muitas doenças osteomusculares podem ser favorecidas, seja pelo excesso de tempo sentado ou por movimentos repetitivos no escritório.

Isso faz com que surjam dores musculares e de cabeça, doenças como LER (lesão por esforço repetitivo), enxaquecas e uma série de desconfortos. Além disso, algumas patologias também podem ser causadas por fatores como iluminação inadequada ou ruídos excessivos.

Com base nessas questões, podemos concluir, em primeiro lugar, que a relação entre ergonomia e saúde está na redução do risco de patologias ligadas ao trabalho, principalmente aquelas crônicas.

Problemas psicológicos também devem ser considerados. Isso porque, como citamos na introdução, condições como o estresse e o excesso de pressão também estão muito ligados à falta de uma rotina saudável.

Para se ter uma ideia, dados consolidados pelo Ministério do Trabalho e pela Secretaria de Vigilância em Saúde apontam que condições ergonômicas e psicossociais estão em segundo lugar entre os maiores fatores de risco para doenças relacionadas ao trabalho.

As doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, do aparelho respiratório, transtornos comportamentais, além de doenças do olho e do ouvido figuram nas principais patologias da lista. 

Ao combater essas adversidades, os profissionais não só criam condições para um corpo equilibrado e uma mente sã, mas também passam a se sentir mais valorizados e seguros.

Essa satisfação faz com que os mesmos tenham mais incentivo para realizar suas funções com excelência, melhorando seus serviços, a interação com os colegas e o próprio atendimento aos clientes.

Assim como a ergonomia no trabalho afeta a produtividade, ela também previne doenças e reduz o número de acidentes, uma vez que os indivíduos passam a atuar com mais segurança, com menos distrações e com o organismo menos cansado e sujeito a desequilíbrios.

 

Quais as consequências da falta de ergonomia e saúde no trabalho?

espaço corporativo
Quando ergonomia e saúde não são prioridades, o resultado é um time de colaboradores desmotivado e pouco produtivo.

Os exemplos são muitos, e vão desde:

  • Baixa iluminação (que causa danos à visão e sensação de desânimo);
  • Excesso de ruídos (que afetam a audição e a capacidade de foco);
  • Temperatura desequilibrada (que gera desconfortos e irritações);
  • Falta de cadeiras ergonômicas (que causam dores na coluna e lesões), e assim por diante.

Soma-se a isso a falta de ambientes voltados à integração entre os colaboradores, o excesso de competitividade interna, a carência de ações de prevenção e o estresse excessivo na cultura organizacional, e temos condições realmente péssimas para trabalhar.

De fato, nenhum gestor quer que seus funcionários sejam afetados por fatores negativos como esses. Porém, muitos deixam que eles se acumulem por acreditar que os cuidados ligados à ergonomia e saúde geram gastos desnecessários.

Contudo, a falta de investimentos nessas frentes faz com que a empresa deixe de explorar o máximo potencial das pessoas que fazem parte dela, o que causa perdas significativas em termos de recursos e de competitividade.

Como se não bastasse, condições inadequadas favorecem a ocorrência de:

  • Doenças (físicas e mentais);
  • Afastamentos;
  • Faltas;
  • Problemas de retenção de talentos;
  • Entre outras situações que também ocasionam sérios prejuízos.

Portanto, mais que uma questão de empatia nas organizações, o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores é também um cuidado diretamente relacionado ao sucesso da empresa perante o mercado.

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