Todos sabem que a segurança e o conforto físico das pessoas são fundamentais nos escritórios, mas você já parou para pensar como a ergonomia cognitiva também pode ter influência nas rotinas dos trabalhadores?
Se a ergonomia no trabalho afeta diretamente a produtividade e a qualidade de vida dos profissionais, isso significa que ela precisa ser considerada sob todas as suas perspectivas, sejam elas físicas, sociais ou cognitivas.
Ou seja, para que o potencial e o talento dos colaboradores sejam devidamente desenvolvidos, primeiro é preciso certificar-se de que nada prejudique o bem-estar psicológico e emocional nos seus meios de convivência.
Mas, quais são os riscos que os ambientes de trabalho podem apresentar nesse sentido e como eliminá-los com eficiência?
A seguir, entenda a importância da ergonomia cognitiva nessa área e como ela influencia as relações nos espaços laborais!
O que é ergonomia cognitiva?
Antes de entender a importância e o papel da ergonomia cognitiva nas empresas, primeiro é importante esclarecer como ela se conceitua.
Como o próprio nome indica, esse tipo de ergonomia é aquele ligado aos processos cognitivos das pessoas, que são imprescindíveis no desempenho de suas rotinas.
Trata-se de uma área que estuda e age em prol da concentração, da memória, do raciocínio, da atenção e das emoções nos espaços de trabalho.
Sua finalidade é criar condições favoráveis para que os profissionais desfrutem de mais qualidade de vida em suas vivências nas empresas, tomando boas decisões e tendo mais foco no dia a dia.
Para isso, suas práticas são voltadas às questões psicológicas dos colaboradores, de forma a beneficiar seus processos de execução de tarefas, seu cumprimento de responsabilidades, bem como a construção de um espaço mais saudável para todos.
Qual a importância da ergonomia cognitiva no ambiente de trabalho?
Mais que prezar por cadeiras ergonômicas, mesas adequadas, pela postura correta dos colaboradores e outros cuidados ligados à ergonomia física, as empresas também devem voltar suas atenções aos aspectos cognitivos que podem influenciar seus colaboradores.
Isso porque, quando as pessoas se sentem sobrecarregadas, estressadas ou insatisfeitas, todo o ambiente de trabalho é afetado negativamente, de forma que o potencial dos profissionais deixa de ser explorado ao máximo.
Além disso, esses problemas afetam a percepção sobre o negócio, fazendo com que as pessoas percam seu interesse e comprometimento em suas funções, o que prejudica o engajamento das equipes e, consequentemente, os resultados da organização.
Como se não bastasse, os transtornos psicológicos aumentam o absenteísmo, fato que não só gera maiores perdas e gastos, como também favorece a saída dos postos de trabalho e a alta na rotatividade de funcionários.
Por fim, todos esses aspectos prejudicam a imagem da empresa, que não só passa a perder talentos, como também a ter dificuldades para retê-los e conquistar novos profissionais qualificados, afetando assim seu desempenho no mercado como um todo.
Ou seja, a ergonomia cognitiva é imprescindível, tanto para que as organizações sejam mais humanas, quanto para que tenham sucesso em suas atividades.
Isso porque, com ela, diversos riscos podem ser prevenidos e eliminados, de forma que os impactos mencionados até aqui não sejam um problema para os negócios. No próximo item, entenda melhor quais são esses riscos.
Quais os principais riscos cognitivos presentes em uma empresa?
Como citamos acima, a principal função da ergonomia cognitiva é reconhecer e eliminar riscos capazes de afetar o bem-estar e o desempenho mental dos profissionais. São eles:
Carga mental elevada
Um dos riscos mais presentes nas empresas é a elevada carga de trabalho. Quando os limites físicos e mentais dos profissionais não são respeitados, e ainda há uma pressão muito grande para a entrega das demandas, as condições para um colapso são certas.
Problemas psicológicos
Sempre que o ambiente de trabalho é muito rígido e não preza por uma relação saudável entre os colaboradores, diversos transtornos psicológicos podem ser favorecidos, como a ansiedade, o estresse e até a depressão.
Foco comprometido
No mesmo sentido, sempre que o ambiente é pouco harmônico, e que as atividades e relações não são mantidas de forma saudável, a mente passa a migrar para outras cognições que não são ligadas ao trabalho. Assim, a perda de foco, as distrações e a procrastinação passam a ser cada vez mais presentes.
Dificuldades de aprendizado
Quando a ergonomia cognitiva não é uma prioridade, até mesmo os treinamentos, qualificações e palestras passam a ser redundantes. Isso porque, sem foco e engajamento, as pessoas não aprendem o que é passado e o tempo investido é totalmente perdido.
Incapacidade na tomada de decisões
Cada vez mais, a tomada de decisões é fundamental para as atividades de diferentes cargos e funções. Quando o estresse e a ansiedade estão presentes, as pessoas se sentem incapazes de deliberar com clareza, o que compromete o andamento dos negócios e favorece a perda geral de produtividade.
Como a ergonomia cognitiva funciona na prática para eliminar esses riscos?
Mais que observar os riscos abordados acima e atuar para que eles sejam eliminados, diversas ações precisam ser adotadas para que a ergonomia cognitiva seja presente e beneficie as rotinas dos profissionais.
Entre as práticas que transformam as ameaças cognitivas em realizações positivas para os funcionários, destacam-se:
- Promoção de treinamentos e atualizações, para que os colaboradores dominem sua área de atuação com mais autoridade e se sintam mais valorizados pela empresa enquanto profissionais;
- Incentivo aos interesses e hobbies dos funcionários, que ajudam a minimizar o estresse nos horários de descanso e a restaurar o bem-estar mental para os novos ciclos de trabalho;
- Realização de pausas frequentes, seja para descanso, para atividades físicas laborais ou até para a meditação, que são ações capazes de aliviar a tensão e de reforçar a inteligência emocional;
- Ações de integração e competições cognitivas lúdicas em troca de premiações, que incentivam as pessoas a desenvolver suas habilidades e a ter uma visão positiva sobre suas atividades profissionais.
Para finalizar, é importante destacar que a composição do ambiente também está diretamente ligada à ergonomia cognitiva.
Por mais que tenhamos destacado que as empresas devem ir além da ergonomia física, adotando cuidados psicológicos e emocionais junto aos seus funcionários, também é fato que a própria organização do escritório tem influência direta sobre o bem-estar cognitivo das pessoas.
Assim, investir em uma boa arquitetura, em móveis ergonômicos e em elementos que priorizam o conforto dos profissionais também é fundamental, pois são cuidados intimamente relacionados à qualidade de vida dos indivíduos no trabalho.
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