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Cradle to cradle: sustentabilidade aplicada ao design

Você já ouviu falar em Cradle to Cradle? Conhece a importância deste selo de sustentabilidade nos produtos que você compra?

De acordo com o Circularity Gap Report, 100 bilhões de toneladas de novos materiais foram produzidas ao redor do mundo só no último ano.

O volume por si só já impressiona. Contudo, o mais alarmante é que somente 8,6% dele é reaproveitado. Todo o restante vira lixo.  

As consequências negativas disso para o meio ambiente e às pessoas são óbvias. A necessidade de uma nova lógica de produção é urgente.

Felizmente, o selo Cradle to Cradle serve justamente para valorizar as marcas e os fabricantes que já não aceitam mais contribuir para a degradação do nosso planeta. 

Com ele, os consumidores podem adquirir somente os produtos que priorizam uma cadeia produtiva circular e sustentável. 

Mas afinal, o que este conceito significa? Quais são os pilares que o definem? Como contribuir? Descubra as respostas e como fazer compras ambientalmente mais conscientes a seguir. 

O que é o Cradle to Cradle?

O termo Cradle to Cradle foi criado pelo arquiteto estadunidense William McDonough e pelo engenheiro químico alemão Michael Braungart.

Trata-se do título de um livro publicado por ambos em 2002, que até hoje é um dos manifestos mais relevantes e influentes do movimento ecológico. 

Conhecido também pela sigla C2C, Cradle to Cradle significa “do berço ao berço”. Basicamente, é uma oposição à ideia de produção “do berço ao túmulo”. 

Ou seja, a proposta é garantir uma cadeia produtiva que seja circular. Cada ciclo deve ser um novo “berço” para os insumos, desde sua criação até a reutilização.

Essa é uma forma de transformar os atuais processos lineares, que começam na extração, passam uma vez pela produção e terminam no descarte (referido como “túmulo”). 

Ao substituir a lógica linear por modelos cíclicos, todos os recursos usados no mercado podem ter utilidade por um período indefinido de tempo.

Dessa forma, no lugar do lixo, temos uma cadeia sustentável. Ela cria as condições ideais para que novos produtos sejam obtidos com qualidade e segurança.

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A cadeira Aeron Onyx é exemplo de como a sustentabilidade tem se tornado importante para as grandes marcas. A nova peça da Herman Miller reutiliza plástico marinho no seu processo de  fabricação.

Fora do Cradle to Cradle, a exploração e o descarte desenfreados geram a escassez de insumos e danos cada vez mais severos, tanto para as pessoas quanto para a natureza. 

Por falar nas pessoas, ao lado do meio ambiente, elas são protagonistas nos cuidados previstos neste selo de sustentabilidade. 

Entenda melhor como isso funciona na prática logo abaixo, com base nos pilares que definem a certificação. 

Os 5 pilares do Cradle to Cradle 

Antes de nos aprofundarmos nos produtos que contam com o selo de sustentabilidade Cradle to Cradle, é importante esclarecer quais são os critérios que o definem.

De maneira geral, a certificação é baseada na responsabilidade dos insumos utilizados, na segurança produtiva e na própria circularidade da fabricação (ecodesign). 

Isso é refletido em cinco pilares de desempenho, que são avaliados nos itens que recebem o selo. Veja quais são eles e o que cada um pressupõe:

Saúde dos insumos

Em primeiro lugar, todos os produtos devem ser compostos por insumos e materiais que sejam seguros e saudáveis.

Isso significa que a fabricação precisa priorizar componentes que não provoquem danos nem aos seres humanos e nem ao meio ambiente. 

Economia circular

Quanto à economia circular, o foco é na garantia de que os itens possam ser transformados, reciclados ou mesmo reutilizados ao final do seu ciclo de uso.

Ou seja, do design de produto à fabricação, é imprescindível que o “tempo de vida” não preveja seu descarte. Ele não deve virar lixo, mas sim agregar novas funções. 

Energia renovável

Não só os processos em si, mas toda a sua demanda energética deve ser sustentável no Cradle to Cradle.

Portanto, a fabricação deve emitir o mínimo de carbono possível, prezar pela saúde do ar e não se basear em recursos finitos (como combustíveis fósseis, por exemplo), mas sim renováveis. 

Gestão efetiva da água

Praticamente todo processo fabril demanda o uso de água. Ele precisa ser otimizado para que seja o menor e mais eficiente possível.

A fim de proteger esse recurso tão precioso, também é fundamental eliminar suas chances de contaminação. Isso é algo que também se estende ao solo e aos ecossistemas locais. 

Responsabilidade social

Por fim, o Cradle to Cradle também é voltado às pessoas e preza pela manutenção de um trabalho equitativo.  

Sendo assim, toda produção deve ser orientada pelo respeito aos direitos humanos e à garantia de justiça social. 

Selo Cradle to Cradle aplicado ao design 

Atualmente, as principais marcas e fabricantes do mundo também são aquelas que investem continuamente em inovação para aprimorar sua sustentabilidade

O selo Cradle to Cradle atesta esse compromisso. Afinal, é ele que identifica para os consumidores quais as empresas que realmente respeitam as pessoas e o planeta. 

Para obtê-lo, todo fabricante deve estar em conformidade com os pilares descritos acima em seus materiais e processos.

Há mais de uma década, o padrão é utilizado globalmente para certificar os produtos que contam com uma fabricação responsável, circular e segura. 

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Gigantes do design mobiliário, como a Herman Miller e a USM, por exemplo, fazem questão de basear seus catálogos nos princípios Cradle to Cradle.

Você também pode contribuir para o crescimento da economia circular ao priorizar essas empresas nas suas compras. 

A Atec Original Design é a representante oficial no Brasil dessas e de outras marcas que são referências absolutas em móveis e decoração.

Se você também acredita que pode fazer a diferença e não abre mão do que há de melhor no universo do design, adquira na Atec os itens com selo de sustentabilidade Cradle to Cradle. Descubra todos os detalhes sobre nosso compromisso ambiental ao lado das maiores e melhores marcas do planeta.

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