Em 2022, a Fritz Hansen completa 150 anos enquanto referência mundial de design. Para celebrar a ocasião, nada melhor do que exaltar o legado de Arne Jacobsen junto à marca.
Se você possui alguma familiaridade com o design escandinavo, provavelmente já sabe da importância que a fabricante e o designer tiveram para a consolidação de seus conceitos e para a manutenção de sua relevância, que permanece até os dias de hoje.
Este conteúdo foi feito justamente para os profissionais e entusiastas de home decor que desejam explorar as principais influências da decoração escandinava e valorizar os seus projetos com produtos exclusivos, que inclusive estão disponíveis no Brasil.
A seguir, saiba mais sobre a trajetória e a relevância de Arne Jacobsen, as influências da Fritz Hansen e os principais frutos das parcerias entre ambos. Além disso, vamos abordar os fatores que tornam o modernismo escandinavo tão valorizado em todo o mundo.
Arne Jacobsen: um ícone do modernismo escandinavo
O designer e arquiteto dinamarquês Arne Jacobsen nasceu em Copenhague, em 1902. Ao longo de sua carreira, trabalhou com decoração e design de mobiliário.
Durante sua graduação em arquitetura, teve a oportunidade de participar da feira de arte de Paris em 1925, a Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels. Na ocasião, teve contato com suas primeiras influências marcantes, vindas de Le Corbusier.
Posteriormente, ele foi impactado pelos projetos racionalistas de Walter Gropius e Mies Van Der Rohe. Isso ocorreu durante suas viagens pela Alemanha.
Sua formação foi concluída na Royal Danish Academy of Arts de Copenhagen em 1927. No mesmo ano, ele se tornou arquiteto da Poul Holsoe.
Com o sucesso de suas primeiras experiências, Jacobsen abriu seu próprio atelier em 1930. Nele, trabalhou por toda a vida. Simultaneamente, iniciou sua colaboração com a Fritz Hansen em 1934, criando móveis de estilo escandinavo que se destacam até a atualidade.
Arne Jacobsen foi pioneiro ao introduzir o modernismo arquitetônico na Dinamarca. Ele projetou alguns dos espaços mais reconhecidos de sua época, como a sede do Banco Central de Copenhague, a prefeitura de Aarhus e o Hotel Royal SAS.
Apesar da relevância do seu trabalho na arquitetura, foi na criação de móveis escandinavos que Jacobsen realmente firmou seu nome na história do design.
As peças que seu atelier criou junto à Fritz Hansen eram inspiradas em elementos naturais e tinham foco na funcionalidade, leveza e simplicidade, sem abrir mão do conforto e da elegância.
Muito do seu mobiliário foi fruto das necessidades e experiências de seus projetos arquitetônicos. É o caso da Poltrona Egg, inicialmente projetada para o Royal Hotel em 1958.
Entre outros produtos relevantes, estão a Ant de 1952 e a Series 7 de 1955. Abaixo, vamos explicar os fatores que tornam essas cadeiras Fritz Hansen tão únicas e celebradas.
Fritz Hansen: 150 anos como referência em móveis escandinavos
Como você pôde ver, a história de Arne Jacobsen no design escandinavo ganhou o mundo graças à sua ampla colaboração com a Fritz Hansen.
Não importa se você é um entusiasta dos interiores escandinavos ou se é admirador do design contemporâneo: você com certeza já ouviu falar da marca e conhece sua relevância.
Todo esse destaque não foi construído por acaso. Entenda melhor as influências que marcam a trajetória da fabricante:
Estado da arte em modernismo escandinavo
A Fritz Hansen foi fundada em 1872 por um carpinteiro dinamarquês de mesmo nome. Ela era um ateliê artesanal focado em estruturas de madeira torneada e em ferro para estofados.
Em 1915, a empresa criou sua primeira cadeira dobrada a vapor. Esse foi o início de uma cultura voltada à criação de conceitos únicos de mobiliário.
Com foco na inovação e na experimentação, mas também com respeito à tradição do design escandinavo, a marca pautou sua trajetória em colaborações com grandes designers.
Com o apoio de ícones do modernismo escandinavo, a Fritz Hansen consolidou o seu prestígio internacional principalmente entre os anos de 1930 e 1940.
Entre seus maiores criadores, estão o próprio Arne Jacobsen, além de nomes como Piet Hein, Poul Kjærholm, Christian Dell, Hans J. Wegner, entre muitos outros.
Com 150 anos de história, a cultura de somar a visão de grandes designers ao seu trabalho foi mantida e aprimorada.
Agora, criadores como Cecilie Manz, Hiromichi Konno, Kasper Salto, Jaime Hayon, entre outros, garantem que a fabricante se mantenha como referência também no design contemporâneo.
O modelo de fabricação é em série, capaz de atender a uma grande demanda mundial. Entretanto, a Fritz Hansen garante que cada item seja finalizado minuciosamente, de forma manual.
Assim, o mesmo padrão artesanal que garantiu o crescimento da marca em seus primórdios ainda a destaca na atualidade junto aos consumidores mais exigentes.
Minimalismo como parâmetro
O catálogo da Fritz Hansen é predominantemente guiado pelo design escandinavo. Isso significa que seus padrões são minimalistas, com linhas retas, funcionais e refinadas.
Mesmo que o foco seja na função sobre a estética, todos os processos de acabamento são minuciosos. Isso agrega uma elegância singular a cada peça.
Além disso, cada detalhe é único, o que torna os móveis da marca facilmente reconhecíveis. É essa característica que valoriza ainda mais sua história e a excelência do investimento.
Mais que um padrão elevadíssimo de acabamento, a Fritz Hansen também é famosa pelo amplo uso de materiais no seu mobiliário, desde a madeira até o aço.
Valorizando a funcionalidade e os padrões próprios do minimalismo, cada produto soma valor aos usuários graças à visão única de seus designers.
Nesse sentido, podemos começar citando as próprias contribuições de Arne Jacobsen. Elas incluem os modelos Ant de 1952, Series 7 de 1955, Swan e Egg de 1958, entre muitos outros.
Seguindo a linha do tempo, os exemplos ainda incluem sucessos como a mesa Superellipse de Piet Hein de 1968. Ainda há clássicos da década de 1980, como a Ice Série de Kasper Salto, a mesa Essay de Cecilie Manz, o assento RIN de Hiromichi Konno, entre diversos outros modelos.
Seria impossível mencionar todas as contribuições que os designers parceiros da Fritz Hansen deixaram para o mobiliário escandinavo e para o design como um todo.
Na atualidade, esse legado é mantido e constantemente aprimorado sob a ótica do design contemporâneo.
Nomes como Kasper Salto, Cecilie Manz e Piero Lissoni seguem quebrando paradigmas e conquistando prêmios junto à fabricante.
Simultaneamente, a atenção aos designs clássicos é mantida, com atualizações contínuas de suas peças modernistas às necessidades dos consumidores atuais.
Principais frutos dessa parceria
Agora que você já conhece as características das peças da Fritz Hansen, vamos a alguns exemplos de produtos que ressaltam ainda mais o seu valor.
Conheça as 3 principais cadeiras de estilo escandinavo criadas por Arne Jacobsen e as particularidades que as tornam ícones de sua parceria junto à marca dinamarquesa:
Cadeira Ant
Quando Arne Jacobsen começou a se dedicar ao mobiliário, suas primeiras inspirações vieram da técnica de moldagem por pressão desenvolvida por Søren C. Hansen, neto de Fritz Hansen.
Produzido inicialmente em 1952, o modelo reuniu todas essas características em um design marcante. Graças à composição de 3 pernas, o manuseio foi simplificado e o uso de materiais reduzido.
Atualmente, também há uma versão mais robusta, feita em 4 pernas. Além da moldagem por pressão de lâminas de madeira intercaladas com algodão indiano, agora também há opções produzidas com aço tubular.
Series 7
Todos os estudos e técnicas de produção que garantiram o sucesso da Ant levaram Arne Jacobsen a uma evolução do conceito. O resultado foi a Series 7.
Como sua antecessora, ela é bastante leve e empilhável. A diferença está na versatilidade, uma vez que a peça se adapta com facilidade aos mais diversos perfis de ambientes. Não por acaso, ela é a cadeira mais vendida da história da Fritz Hansen.
Seu projeto original já contava com 4 pernas e também era baseado na produção de moldagem por pressão, que garante a alta resistência do assento. Já a variedade de cores é tão ampla quanto as suas aplicações.
Além disso, os modelos podem ser adquiridos com braços, rodízios, pranchetas, longarinas, revestimentos em diferentes tipos de tecidos, entre outros adicionais que ampliam ainda mais as suas possibilidades.
Egg
Durante o projeto do Royal Hotel de Copenhagen, Arne Jacobsen queria um refúgio de privacidade e máximo conforto aos usuários da entrada e recepção.
Além do projeto de arquitetura, ele também foi responsável pela criação do mobiliário do local. Isso o levou a idealizar a cadeira Egg, criada em uma forma escultural de concha que contrastava perfeitamente com as formas esculturais e verticais do estabelecimento.
O formato, perfeito para o relaxamento e para o descanso, foi obtido após inúmeras experimentações com argila. Já o produto final foi feito com uma técnica pioneira. Nela, uma espuma firme foi moldada sobre o estofamento.
Por que o design escandinavo faz sucesso em todo o mundo?
Muito foi falado sobre a importância de Arne Jacobsen e da Fritz Hansen para o design escandinavo. Contudo, também é importante ressaltar a relevância do próprio movimento que guiou o trabalho de ambos no universo do design.
Abaixo, criamos um breve compilado a respeito das características que tornaram os padrões da escandinávia tão valorizados e como eles evoluíram e adaptaram-se para conquistar projetos residenciais de todo o planeta:
Surgimento e inspirações
Como o nome indica, esse movimento surgiu na região da Escandinávia, no norte da Europa. Seus padrões minimalistas e funcionais, que hoje fazem tanto sucesso, são oriundos do estilo de vida da Suécia, Finlândia, Dinamarca, Islândia e Noruega.
Nesses locais, os invernos são muito rigorosos. Durante meses, a população sofre com frios intensos e com baixa luminosidade. A partir disso, é comum que as pessoas tenham que passar muito mais tempo dentro de suas casas.
Elementos e características
A necessidade de calor e de claridade dentro dos lares fez com que os interiores escandinavos dessem prioridade para a funcionalidade e para o uso de insumos básicos.
Dessa maneira, a madeira e outros materiais naturais ganham protagonismo. Além do fácil acesso ao seu uso na região, eles proporcionam mais aconchego aos espaços. Junto disso, conectam seus moradores ao meio que os cerca.
Além dos itens amadeirados, há opções como vidro e cerâmica. Com eles, a luz também é protagonista. Por isso, a entrada de iluminação natural e o uso de paredes claras ou de cores neutras também são destaques.
Os cômodos devem ser práticos. Dessa forma, o mobiliário precisa ter boa funcionalidade e ser leve. O objetivo é agregar mais amplitude às composições. As linhas retas também auxiliam na otimização do espaço.
Consagração e evolução
Por si só, a composição das luzes, da madeira, das cores e das linhas já garante uma elegância muito característica do design escandinavo.
Contudo, ela ainda pode ser integrada a objetos de decoração, quebras com elementos coloridos, entre outros detalhes capazes de torná-la mais contemporânea.
Atualmente, esse tipo de estilo faz um enorme sucesso em diversos pontos do mundo. Inclusive, seus padrões são amplamente adaptados ao clima de países como o Brasil.
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