Quem conhece a Aeron Chair conhece também a tecnologia que a envolve, fazendo com que ela seja, mais que uma cadeira, um objeto de desejo dos consumidores mais exigentes.
O que poucos sabem é que um dos designers da Aeron, Bill Stumpf, era filho de uma enfermeira de gerontologia. Um observador nato do comportamento humano. Por isso, no final de 1970, a empresa de móveis Herman Miller contratou-o juntamente com Don Chadwick, para investigarem produtos com o melhor potencial para as necessidades dos idosos.
A oportunidade parecia tentadora. A população americana estava envelhecendo rapidamente. As instalações para uma vida assistida eram raras e os hospitais não possuíam mobiliário ergonômico adequado aos cuidados de longa duração.
Em cada ambiente, Stumpf e Chadwick observavam os sinais que indicavam as oportunidades: a utilização dos móveis das maneiras mais inesperadas possíveis. Eles observaram que nos ambientes médicos e residenciais os idosos passavam horas assistindo TV. A cadeira, nesse sentido, tornava-se o centro de um universo. Essas observações foram extremamente relevantes e serviram como diretrizes para gerenciamento do projeto. Esses estudos e observações e os grupos de discussões fizeram com que Bill e Don tivessem um foco que jamais tiveram antes.
Após analisar cadeiras famosas como a La-Z-Boy e a Sarah Chair, eles perceberam algumas dificuldades dos públicos-alvo. Os idosos, com as pernas enfraquecidas, não conseguiam, por exemplo, reclinar as cadeiras. Além disso, a La-Z-Boy possuía um estofado macio, que deixava o assento desigual. Com o passar do tempo, o calor e a umidade acumulados no tecido incomodavam e causavam escaras.
Depois de muitos testes e análises, Stumpf e Chadwick apresentaram um protótipo inovador que levava em conta toda a experiência obtida. Eles propuseram um mecanismo de reclinação com base na cadeira Sarah, permitindo que o assento e o encosto da cadeira se movessem juntos. Além disso, trocaram a espuma por uma malha de tecido que moldasse a forma de qualquer pessoa, ergonomicamente, impedindo odores, acúmulo de umidade e aquecimento do corpo. Após alguns testes eles perceberam, instintivamente, que era possível obter o mesmo desempenho com a utilização de menos materiais. E isso iria contribuir, também, com o meio ambiente.
Quando a Aeron Chair foi finalizada, eles perceberam que ela solucionava todos os problemas encontrados nas cadeiras anteriores. Mas, havia uma preocupação com a estética. Será que iriam estranhar o seu design? Ao contrário, o design da cadeira causou encanto, pois a tornava surpreendentemente inovadora e tecnológica frente às demais.
Em 1996 as encomendas já superavam as expectativas da Herman Miller. A cultura pop também contribuiu para o surgimento de um fenômeno. Will, em Will and Grace, passou um episódio inteiro tentando obter uma Aeron. Cerca de 7 milhões de Aerons foram vendidas então, e, a cada 17 segundos, uma nova Aeron sai das linhas de fábrica da Herman Miller.
A cadeira Aeron se tornou um clássico do design porque mudou a história da indústria e antecipou o movimento em direção à desmaterialização e sustentabilidade. Mais que isso, hoje a cadeira incorpora também o importante papel de ergonomia no trabalho.
A Aeron é produzida em 3 tamanhos: A. B e C. Calcule a Aeron Chair ideal para você.