Você já parou para pensar como a arquitetura de casas teve que mudar no “novo normal”? Como todos sabem, o período de isolamento social fez as pessoas estreitarem suas relações com suas residências e repensarem o modo como as utilizam no dia a dia.
Isso foi comprovado por uma pesquisa divulgada pela Forbes. Ela revela que 73% da população passou a enxergar sua moradia de um jeito diferente por conta da pandemia.
Mas afinal, o que mudou nos desejos dos moradores em relação à arquitetura de casas? Como se adequar a essas novas necessidades? Descubra a seguir.
Pandemia: o que ela mudou na arquitetura de casas?
Os novos padrões de arquitetura de casas estão diretamente relacionados às demandas que começaram a ser percebidas durante a pandemia.
Nesse sentido, inúmeros comportamentos foram transformados. Diante da propagação do vírus, muitos adotaram novos protocolos de higiene e sanitização, por exemplo.
Da mesma forma, as limitações de mercado impulsionaram de vez o trabalho remoto. Esse aumento do tempo dentro de casa ajudou na valorização do conforto dos lares e de suas áreas externas.
Veja como cada paradigma imposto pela Covid-19 resultou em transformações e melhorias na arquitetura de casas:
Espaços para higienização
Durante toda a pandemia, as pessoas criaram o hábito de passar álcool nas mãos e de tirar as peças de roupa que usavam na rua (como sapatos e casacos) no momento de chegar em casa.
Muitos perceberam o quão simples é adotar esse tipo de cuidado. Também há o fato de como ele pode ser importante para prevenir-se contra inúmeras doenças (e não só contra a Covid).
Com a permanência desse novo comportamento, a arquitetura de casas deve ser influenciada principalmente no hall de entrada.
Se antes ele era somente um local de passagem, agora está assumindo essa função de higienização. Nos projetos, junto de artigos de decoração como tapetes, vasos e espelhos, também serão mais comuns os cabideiros e sapateiras, além de banquinhos e mesas para apoiar o álcool.
Ambiente para home office
O home office já era uma tendência crescente de mercado. Na pandemia, sua adesão foi acelerada e muitas empresas reconhecem suas vantagens.
Para uma parte significativa dos profissionais, o trabalho à distância continuará sendo uma realidade. O mesmo vale para as jornadas mistas e uso eventual de coworkings, por exemplo.
Diante disso, o cômodo dedicado ao escritório não pode mais ser visto como algo temporário ou para um uso breve. Cada vez mais, a arquitetura de casas deve considerar um home office confortável e bem equipado.
Horta no quintal
O tempo de isolamento fez as pessoas darem ainda mais valor à natureza e seus elementos. O foco nos temas de saúde também motivaram mais cuidados com a alimentação.
Por isso, além do frescor e da alegria proporcionados pelos vasos e arranjos de flores, as hortas ganharam protagonismo na arquitetura de casas.
Separar um tempo do dia para dedicar-se às plantas e mexer na terra é algo prazeroso e que melhora a saúde mental. Além disso, há um controle na procedência dos alimentos.
Dessa maneira, um número crescente de quintais passará a receber pequenas plantações caseiras. Nos apartamentos, as soluções serão hortinhas verticais, principalmente para temperos. As possibilidades são várias, mas tudo depende do espaço disponível.
Maior valorização da área externa
O lar é cada vez mais visto como um refúgio para os moradores em meio ao caos cotidiano. Essa percepção destaca, mais uma vez, a importância do contato com a natureza.
Isso tende a influenciar o uso constante do jardim, que não será apenas um local para receber a horta ou para o paisagismo das flores. Nos apartamentos, a sacada também terá mais valor.
Ao mesmo tempo, a criação de áreas externas integradas ao jardim ou à sacada será maior na arquitetura de casas. A ideia é criar uma maior conexão com a parte de fora, inclusive com iluminação natural e ventilação que reduzam o uso de lâmpadas e ar condicionado.
Ambiente versátil, como funcionará?
Muito além das tendências de arquitetura de casas mencionadas acima, uma nova visão deverá se tornar regra entre os moradores e arquitetos.
Lembre-se que, tanto o tempo dentro de casa, quanto o conforto e a funcionalidade dos cômodos ganharam protagonismo durante a pandemia.
Essa valorização deve permanecer e evoluir para a priorização de ambientes mais versáteis. Agora, os projetos serão guiados pelas atividades feitas dentro do lar. A ideia é que os cômodos se adaptem às pessoas e não o contrário.
Portanto, abandone a percepção que o quarto é só para dormir, que a cozinha é só para cozinhar, que o escritório é só para trabalhar ou que a sala é só para receber.
Da mesma forma, o escritório pode agregar um canto com TV e home theater para os seus momentos de lazer, a sala ou a sacada podem receber um espaço fitness e assim por diante.
Inclusive, isso vai aumentar a busca por mobiliário com design funcional. Afinal, ele é capaz de adaptar-se com qualidade e funcionalidade para diferentes demandas no dia a dia.
Tudo varia conforme os seus desejos e necessidades, e do quanto a sua casa estará preparada para atendê-los.
Portanto, será cada vez mais comum encontrar itens como móveis dobráveis ou com rodízios, biombos e divisórias acústicas, portas deslizantes, mesas e cadeiras multiuso, luminárias e projetos de iluminação mais flexíveis, entre outras peças semelhantes.
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